Semana passada o STJ condenou mais um pai a pagar R$30.000,00 à filha por abandono afetivo.
Tem alguns pais que ainda não se deram conta do quão sério é o abandono afetivo para os seus filhos.
No caso da notícia acima, o pai conviveu normalmente com a filha até os seus 06 anos de idade. Porém, quando o pai e a mãe romperam a união, o pai deixou o lar e parou de participar da educação, criação e desenvolvimento da filha de forma abrupta.
Com o sumiço abrupto do pai de sua vida, a filha precisou recorrer a tratamento psicológico para tentar lidar com a situação.
A correlação entre o fato danoso e as ações e omissões do pai foi atestada em LAUDO PERICIAL CONCLUSIVO, o qual confirmou o DANO PSICOLÓGICO CONCRETO e sofrido pela filha.
Para a ministra Nancy Andrighi, “se a parentalidade é exercida de maneira irresponsável, negligente ou nociva aos interesses dos filhos, e se dessas ações ou omissões decorrem traumas ou prejuízos comprovados, não há impedimento para que os pais sejam condenados a reparar os danos experimentados pelos filhos, uma vez que esses abalos morais podem ser quantificados como qualquer outra espécie de reparação moral indenizável.”
“Em razão das ações e omissões do pai, a filha desenvolveu um trauma psíquico, inclusive com repercussões físicas, que evidentemente modificou a sua personalidade e, por consequência, a sua própria história de vida”, concluiu a Ministra.
O afeto não tem preço, mas os pais têm sim a obrigação de indenizar os filhos pelos danos causados pela sua ausência.
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